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terça-feira, abril 22, 2008

Novato Veterano

# Mallu Magalhães, o fenômeno adolescente mais indie da internet brasileira vai estrear em palcos goianos no próximo Bananada. Pelo menos é o que soprou o Fabrício Nobre para o blogueiro aqui, durante a última edição do TacabocanoCD, festival competitivo da Fósforo Cultural. Além dela, vêm o paulista Curumin, que também traz seu samba elétrico pela primeira vez à cidade, Maurício Takara (baterista do Hurtmold e parceiro do coletivo carioca Instituto), em carreira solo que experimenta o hip-hop, desconstrói a música brasileira e flerta com o jazz minimalista.
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A cuiabana The Melt, a paulista Are You God?, a Paraense Filhos de Empregada, a pernambucana Amp, a paranaense Bad Folks e os cariocas cheios de axé do Do Amor, além d’0 Lendário Chucrobillyman, também estarão conosco durante os três dias de festa.

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Mallu Magalhães: Bananada 2008
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Fora as bandas da cidade que, seguindo a diretriz do festival, mais uma vez assumem a responsabilidade de fechar cada uma das três noites. Dessa vez a carga caberá mais uma vez ao Violins, mas também à reunião insólita batizada Banda da Eline (formação regida pela ex-backing vocal do Hang the Superstars que fará um show de "clássicos" do rock goiano) e pelo glorioso retorno da Mandatory Suicide, uma das mais ilustres bandas goianienses dos anos noventa, há alguns anos inativa, mas que ressurgiu para cerrar as cortinas do Bananada dois mil e oito.

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As demais bandas locais selecionadas são Johnny Suxxx & The Fuckin' Boys, Mechanics, In Bleeding, Goldfish Memories, Mugo, Diego de Moraes, Motherfish, Shakemakers, Bang Bang Babies, Abluesados, Ressonância Mórfica, MqN, Black Drawing Chalks, Seven/Orquestra Abstrata e The Envy Hearts.



Mauricio Takara
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# Festival TacabocanoCD

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And The Oscar Goes To...

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Assim que tudo acabou, Diego de Moraes não acompanhou sua banda até o camarim, ainda teve fôlego para mais uma palhinha informal, a título de galanteio para as câmeras, sentado no retorno, violão no colo e sorriso largo num semblante satisfeito. Perguntei, Qual a diferença desse show de hoje, bancando a atração principal da noite, e daquele em que você era só mais um dos concorrentes desse mesmo festival, ainda tentando aparecer em Goiânia? A resposta jubilosa, “Eu estou mais velho!”.

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O TacabocanoCD é o festival das descobertas, ainda que seu maior achado desse ano seja quase um velho conhecido. Dois palcos: um de bandas convidadas, e outro de grupos concorrentes – esses de olho na possibilidade de vencer a corrida e poder registrar decentemente seu primeiro álbum. A polêmica? O grande vitorioso da gincana das guitarras é um conjunto novato sim, mas composto por, digamos, veteranos do circuito. A Mugo fez a melhor apresentação da noite (sem separar competidores dos não-competidores), uma das mais prestigiadas e com maior interação com o público. As explosões esgoeladas de fúria extrema, elaboradas entre melodias quase-comportadas, fizeram todo o sentido diante do teatro cheio, e depois de Screams (a última música do pocket-show) pouca gente tinha dúvidas sobre quem venceria a disputa.

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Outra corrida, essa menos explícita, foi desencadeada pelo Fabrício Nobre, da Monstro Discos, que anunciara dias antes que da relação dos competidores, tiraria três nomes para o line up do Bananada dois mil e oito. Sweet Racers, Gloom (a segunda colocada da concorrência oficial) e Bad Lucky Charmers primeiro ganharam elogios, e depois as três vagas para o maior dos festivais goianos do primeiro semestre.

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A tocantinense Bodah Diciro apareceu sem medo de desafinar, e num dos shows mais primais da noite ganhou o público com seu charme riot-teen, inspirado no lado mais sujo e feio do grunge noventista. O reggae anódino e inofensivo do Rastacry me manteve afastado do palco até que a louvação hippie tivesse terminado, pouco antes que a paranaense Droogies se ocupasse das atenções com seu mistifório de rock punk, antecedendo seus conterrâneos do Charme Chulo.

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A única banda sem guitarras da noite não traiu seu espírito caipira, mas também não convenceu todo mundo que se dispôs a prestigiá-la, e assim o teatro foi se esvaziando da gente que atravessaria a chuva até o bar para mais algumas cervejas antes de o Diego de Moraes subir no palco, ao lado de seu Sindicato.

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Elaborado pela Fósforo Cultural, a curadoria do festival ficou a cargo de figuras carimbadas do cena nacional. Quem ouviu cada uma das sessenta e quatro bandas inscritas, para selecionar dentre tantas apenas dez, foram os produtores Anderson Foca (festival Do Sol-Natal RN), Claudão (festival Primeiro Campeonato Mineiro de Surfe – Belo Horizonte MG) e Marcelo Domingues (festival Demo Sul – Londrina PR). Para decidir qual, dentre as dez, seria a banda vencedora, vieram até Goiânia Talles Lopes (festival Jambolada – Uberlândia MG), Rodrigo Lariú (Midsummer Madness Records – Rio de Janeiro RJ ) e Marta Crioula (produtora Ossos do Ofício – Brasília DF).

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Se em Goiânia bandas brotam do chão de asfalto por qualquer brecha descuidada, o Tacabocanocd está se revelando um dos principais filtros, se encarregando de medir, com método e critério, o potencial dos nossos calouros, além de oferecer uma dose significativa de novidades aos festivais maiores. E se resta alguma dúvida quanto ao valor da chancela, é só olhar para o lado e ver o barulho que o Diego de Moraes vem conseguindo fazer, desde aquela noite de dois mil e seis em que saiu daquele mesmo palco ovacionado pela primeira vez.

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No próximo sábado acontece a esperada Virada Cultural, evento que vai movimentar o fim de semana paulistano, em mais de vinte e quatro horas de apresentações espalhadas por palcos da maior cidade da América do Sul. A ABRAFIN, Associação Brasileira de Festivais Independentes, tem lugar cativo na festa, e conta com a parceria do Loaded E-Zine para apresentar as trinta atrações em vinte e cinco horas ininterruptas com o melhor da nova música independente brasileira. E isso, felizmente, não se restringe ao rock barulhento que você está acostumado a gostar:

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18:00 > Vítor Araújo (PE)


18:50 > Mundo Llivre SA (PE)

19:40 > Luisa Mandou Um Beijo (RJ)

20:30 > Vanguart (MT)

21:20 > Preto Massa (MG)

22:10 > Trilöbit (PR)

23:00 > Los Porongas (AC)

23:50 > Sick Sick Sinners (PR)

00:40 > Mechanics (GO)

01:30 > Macaco Bong (MT)

02:20 > Retrofoguetes (BA)

03:10 > Estrume"n"tal (MG)

04:00 > Fossil (CE)

04:50 > Unidade Imaginária (RJ)

05:40 > Mestre Kuca (TO)

06:30 > Filo Medusa (AC)

07:20 > Boddah Diciro (TO)

08:10 > Coveiros (RO)

09:00 > Diego de Moraes e o Sindicato(GO)

09:50 > Porcas Borboletas (MG)

10:40 > Linha Dura e DJ Taba (MT)

11:30 > Costa a Costa (CE)

12:20 > Do Amor (RJ)

14:00 > Bugs (RN)

14:50 > Supergalo (DF)

15:40 > The Sinks (RN)

16:30 > Superguidis (RS)

17:20 > MQN (GO)

18:10 > Siba e Fuloresta (PE)

* apresentação: Equipe Loaded

* discotecam: DJ Lucho e Loaded (nos intervalos entre os shows)


SERVIÇO

Data: 26 e 27 de abril

Horário: 18h de sábado as 19h de domingo

Local: Praça Páteo do Collégio, Rua Boa Vista - Centro

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Tchau procê


sábado, abril 19, 2008

Moved to Bê-Agá

# O site do Megadeth acabou de demolir a alegria dos headbangers goianos, que já treinavam o pescoço e a cabeleira para o malho, err, histórico. A nota de misericórdia foi essa aí embaixo, e informa que nossos vizinhos mineiros tiraram de nós a "honra" de um show do grupo.
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Please take note that the Megadeth show that
was scheduled to be played in Goiânia, Brazil
on June 8th has been moved to Belo Horizonte, Brazil.
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Só não vale chorar.
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Astronauta Pingüim
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# O músico gaúcho radicado em São Paulo, Astronauta Pinguim, lançou na última segunda, 14/04, o single virtual Guess Who Is Coming To Town, que também será constante no segundo álbum do tecladista, marcado para nascer ainda nesse primeiro semestre, com Pinguim tocando quase todos os instrumentos (sintetizadores Moog, orgão, baixo, guitarra e vocoder), e participação de Clayton Martin (Cidadão Instigado e Detetives) na bateria. Vi um show do Astronauta Pinguim em Cuiabá, no festival Calango do ano passado e, contando toda a zoeira em cima do palco, foi dos mais divertidos e engraçados, com direito a uma audaciosa cover tosca da Madonna. O sujeito, uma caricatura de metro e meio, além de trazer tatuado no ante-braço o logotipo da (essa sim) histórica marca de teclados e sintetizadores Moog, e de se vestir como uma drag queen exagerada, domina o instrumento com uma perícia das mais bem humoradas. O single está disponível no blog catarinense Mundo 47, a apenas um clique de distância do seu agá-dê.
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# TacabocanoCD - O festival competitivo que movimenta a noite desse sábado lá no Martim Cererê está marcado para começar agora à tarde, e se seu nome é Paulo César Lobo, sua entrada na festa está garantida. Sim Paulo, você foi o feliz sorteado com uma entrada gratuita, e vai poder acompanhar os "combates" sem botar a mão no bolso (bem, só para a cerveja). É só dizer seu nome na portaria, apresentando um documento com foto, e informar que foi premiado no sorteio do Goiânia Rock News.
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Vejo você lá.

terça-feira, abril 15, 2008

Fora do Eixo

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# É, parece que as hostes metaleiras vão de novo sair, em massa, de seus bueiros barulhentos para se reunir em mais um culto profano. Como o Goiânia Rock News adiantou, um tempo atrás aqui nesta mesma tela, o Megadeth vem à cidade para um show, err, histórico, lá no pavilhão Ara Macao, do Clube Jaó.




Youthanasia

Gosto do Megadeth. Teve uma fase da minha adolescência em que o Cryptic Writings, sétimo disco do grupo – lançado em noventa e sete, era trilha sonora obrigatória das minhas manhãs de domingo. Gostava/gosto muito também do Youthanasia, que tem uma das melhores capas da história do rock pesado. Fora os clássicos Peace Sells... But Who's Buying?, e o primeirão Killing is My Business... and My Business Is Good, que ainda hoje repousa, em vinil, na minha estante, mesmo que ao lado de bolachões do Tim Maia, do Kiss, do Stevie Wonder, do Ohio Players, do Herbie Hancock...




# Marcelo Camelo, o eterno Hermano, colocou duas músicas de sua “nascente” carreira solo em sua página no Myspace. Doce Solidão, assobiada delicadamente ao violão, é lamuriosa e de cadência quase baiana, não fosse carioca o seu autor. A fragilidade dos dedilhados e a crueza da gravação dão uma atmosfera de intimismo das mais aconchegantes. Teo e a Gaivota, tema instrumental disponível já a algum tempo, também tem um charmoso apelo amador. Mixado com o barulho do chacoalhar das ondas, um violão triste se desenvolve lentamente numa respiração que divaga calma entre silêncios. Em breve o compositor deve lançar seu primeiro disco solo, e eu estou, no mínimo, curioso.




# O Portal Fora do Eixo já está no ar. O coletivo nacional que reúne jornalistas, blogueiros e produtores de todo o país, já está engrenando seus mecanismos e em breve começa a maquinar a todo vapor. Mas as coisas já começaram a acontecer por lá, e pode colocar aí na sua barra de favoritos que o Fora do Eixo é o site mais bem informado sobre o que acontece no circuito da música independente do Brasil, já que reúne correspondentes espalhados por todo o território. O conselho editorial é gerido pelo Pedro Acosta (Arquivo Acosta –RJ), Léo Santiago (Fórceps – MG) e pelo amigo aqui, que já pôs lá um texto sobre o primeiro disco da cuiabana Macaco Bong e outro sobre o quarto álbum do Violins. Faça-nos uma visita.




# Pois é, teve Júpiter Maçã e Datsuns, no último fim de semana. Não fui a nenhum dos dois, fiquei o finde inteiro desconfiando que a dengue havia me alcançado, e sofrendo por antecipação. Felizmente não era nada demais. Acho que devo ter comido umas paçoquinhas estragadas, só isso.

Hehehe




A promoção do TacabocanoCD continua valendo. Diz pra mim aí na caixa de comentários quem, na sua opinião, ganha a querela de sábado, no Martim Cererê. Deixe lá também o seu nome e um e-mail válido, pra eu poder te avisar, caso a sorte esteja convosco. Quem for sorteado ganha nome na lista vip do festival, e não pagará nada por isso.




Volto já.

sexta-feira, abril 11, 2008

Minúsculas

monno no Bananada

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# De Minas Gerais já saiu muita coisa boa, além de pão–de-queijo e queijo-minas. Pão-de-queijo eu até prefiro o das minhas tias goianas, que modestamente aprimoraram a receita, e o queijo-minas feito nas fazendas daqui é até melhor que os de lá.
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Mas o assunto disso aqui é, como sempre foi, música, você sabe. Minas, vira e mexe, dá luz à alguma coisa que chama a atenção. De lá, pra falar de um cenário mais ou menos recente, saíram notáveis como Sepultura, Pato Fu, Skank, Diesel/Udora, Porcas Borboletas, Vellocet (alguém se lembra?) e Valv, com óbvias diferenças de popularidade e sucesso comercial, mas todos eles – com exceção do meteórico e extinto Vellocet – já freqüentadores dos palcos goianienses.
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Na cola do prestígio desse pessoal, a também belo-horizontina Monno tenta acomodar seu nome na lista dos bons. Em dois mil e cinco o quarteto surge com seu primeiro EP, auto-intitulado, e espalha suas canções pela web – procedimento básico pra qualquer artista inteligente. As sete músicas, carregadas de intenções contemporâneas, guitarras pesadas-porém-compassivas e letras quase ingênuas, fizeram o barulho certo e o grupo passou ao circuito de festivais, visitando Goiânia na última edição do Bananada, em dois mil e sete, num show que mereceu um lugar entre as melhores apresentações dos três dias de festival.
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No sábado passado, lá em Bê-Agá, fizeram festa para apresentar seu segundo EP, Agora, com seis canções regidas pela mesma substância de costume, mas com a parabólica um pouco mais aberta. Re-processando borrifos dessa nova onda indie-disco, em meio a atmosferas intensas e tristes, os mineiros ainda tratam de temas tão repetidos quanto corriqueiros, da mesma maneira pueril e dramática. O que não chega a ser demérito, já que essa ingenuidade lírica acaba fazendo todo o sentido dentro do universo melódico de, por exemplo, Enquanto o Mundo Dorme e Carta pra Depois.
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Bebendo das mesmas fontes de conjuntos como Valv e Vellocet, o monno tem a vantagem das letras em português, o que acaba facilitando a identificação com seu público, e ainda que goste de se aproximar do rótulo indie-rock, não trai seu próprio apelo e revela uma veia pop das mais orgulhosas de seus refrões.
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Se no EP de estréia a carta na manga do monno era o pulso cardíaco de #1 (a faixa quatro) o Ás de ouro dessa vez atende pelo nome de Acontece, e está situada ali entre a quarta e a sexta faixas. Agonia existencial urbana, jovem, viril e exagerada, com guitarras paranóicas e cozinha convulsiva. Tudo tão autêntico quanto aquele seu primeiro engulho de nervosismo apaixonado, quando não sabia o que dizer nem onde colocar as mãos.
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Ainda que os vocais soem, aqui e ali, açucarados demais, a monno ocupou o lugar que um dia foi do Valv e do Udora (antes da decadência planejada), como mais nova revelação do rock mineiro. Se sua singeleza poética e sua música resistirem aos holofotes do circuito, quem sabe não saem do gueto e emplacam uma balada na novela dos oito?


# Eduardo Kolody, o guitarrista mentor do Seven – grupo instrumental-psicodélico dos mais divertidos de Goiânia, me assoprou ontem, numa janela do msn, que o conjunto deve ser re-batizado. Na verdade, ainda segundo o guitarrista, essa mudança já é cogitada há algum tempo, mas agora vai. O novo nome será Orquestra Abstrata, e provavelmente acompanhará o primeiro lançamento oficial da ex-Seven, que já está pronto e aguarda ocasião propícia para nascer de fato. O Seven/Orquestra Abstrata, pra quem ainda nãom conhece, consome sua música em arranjos delirantes e justaposições de lisergia multi-colorida, em shows pra lá de psicotrópicos.
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# O grande Black Crowes entregou ao mercado seu sétimo álbum de inéditas, Warpaint, que já é hit aqui no music player do pecê. Black Crowes é uma das bandas mais interessantes da década de noventa (apesar de passar loooonge do grunge) e manteve o moral alto no novo milênio. Rock de guitarras sensual e envolvente, cabeludo, enfumaçado e hippie até o osso. Baixe o disco aqui, vai escutando aí e depois a gente conversa mais sobre.
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# Dia dezenove de abril acontece mais uma edição do TacabocanoCD, festival competitivo organizado pela Fósforo Records e que premia o vencedor com a gravação de seu primeiro disco. A lista dos classificados, divulgada antes de ontem, é essa aí embaixo (as bandas em negrito são as que concorreram a uma vaga, as demais são convidadas pelo selo):
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02:00 Diego de Moraes e o Sindicato (GO)
01:30 Sweet Racers
01:00 Charme Chulo (PR)
00:30 Rodrigo Brasileiro
00:00 Droogies (PR)
23:30 Rastacry
23:00 Boddah Diciro (TO)
22:30 Mugo
22:00 Filomedusa (AC)
21:30 Hellbenders
21:00 The Sinks (RN)
20:30 Gloom
20:00 A VI Geração da Família Palim do Norte da Turquia(PR)
19:30 Gabroids
19:00 Lesto (DF)
18:30 Bad Lucky Charmers
18:00 Branco ou Tinto (MT)
17:30 Atomic Winter
17:00 Big Noise (Inhumas-GO)
16:30 200 Motéis
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Ingressos
10 reais antecipados
15 reais na porta
Postos de venda
Hocus PocusAmbiente Skate Shop
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Se a grana está curta, o salário acabando ou nenhum puto habita seu bolso, mas você quer de qualquer maneira gastar seu sábado lá no Martim Cererê acompanhando os shows e torcendo pra banda daquela sua amiguinha, corre lá na caixa de comentários e me diga quem, na sua opinião, ganha essa briga. O sorteio do ingresso corre na véspera do festival e será divulgado do mesmo jeito de sempre. Não esqueça de deixar anotado também o seu nome e um e-mail válido, pro Goiânia Rock News ter como entrar em contato e te avisar da sua sorte grande.
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Fui.

segunda-feira, abril 07, 2008

Pera, meu ouvido caiu no banco PQP

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# Na sexta feira passada, lá no Cine Goiânia Ouro, foi oficialmente lançado o documentário 13º Goiânia Noise Festival - O Filme, dirigido pelo Sérgio Valério e com entrevistas conduzidas pelo amigo aqui. São vinte e dois minutos que condensam o que de melhor aconteceu na edição melhor acabada do maior dos nossos festivais. Conversas com Sepultura, Móveis Coloniais de Acaju, Battles, The Dt's, Diego de Moraes, Miranda (o produtor e jurado do ídolos - SBT) e tantos outros revelam o que os forasteiros acharam da nossa festa. O vídeo deve aparecer a qualquer momento numa janela do Youtube perto de você.
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# Macaco Bong, Montage, Los Porongas, Madame Saatan, Porcas Borboletas, e Lucas Santana foram escalados para a trilha sonora de Augustas, primeiro longa de ficção do documentarista Francisco César Filho, baseado no livro A Estratégia de Lilith, espécie de auto-biografia romanceada do jornalista e crítico musical Alex Antunes.
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As bandas encarregadas da trilha re-gravarão canções de grupos significativos do underground paulista dos anos oitenta, como Fellini, Mercenárias, Voluntários da Pátria, Akira S e as Garotas Que Erraram (conjunto do qual o próprio Alex Antunes fazia parte) e Harry. As gravações do filme já correm a pleno vapor na rua Augusta, em São Paulo, cenário da história e uma das maiores vitrines de boa parte da música independente que importa hoje no Brasil.
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# A Olhodepeixe, grupo que anda sumido dos palcos, ensaia um retorno no dia vinte e dois de maio no Bolshoi Pub. Sem lançar nada desde Combustível, de dois mil e cinco, a banda deve entrar em estúdio ainda no primeiro semestre para começar a gravar aquele que será o segundo álbum de seu curto currículo. O vocalista/guitarrista Gregory Mark disse ao blog que as canções serão gravadas sem obrigatoriedade de tempo, aos poucos, e que nem sabe se o disco sai ainda esse ano, mas que em todo caso a banda vai disponibilizar boa parte dessas gravações no Myspace, conforme forem sendo registradas.
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A última gravação da Olhodepeixe foi da música Mundão, para a trilha do filme Neville e o Lobisomem de Goiânia (roteiro de José fernandes da Cunha e direção de Marcio Venício), e o repertório do próximo show deve ser uma mistura das canções de Combustível e algumas inéditas.
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# Deceivers, a melhor banda de música-pesada-e-agressiva do centro-oeste, passou por Goiânia pela última vez há mais de seis meses, em outubro, quando se apresentou no palco do salão principal do respeitável Clube Social Feminino. Esse show serviu para lembrar a molecada que gosta de balançar a cabeleira e chutar os colegas nas rodinhas de pogo, que o Matanza (que dividia as atenções da noite com o grupo candango) não é nada, se comparado ao poder de fogo de uma apresentação inspirada do Deceivers. Everbreathe, o último disco – de dois mil e quatro, rendeu ao grupo shows pelo país e uma temporada nos EUA.
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Ainda sem previsão de data para o futuro lançamento de seu terceiro disco, a banda segue apresentando músicas inéditas nos shows. A mais recente, ainda sem nome – mas tão furiosa e ofensiva como de costume, pode ser conferida no videozinho abaixo. Aproveita para chamar aquele seu primo com a camiseta do NX Zero pra assistir, e conta pra ele que antigamente hardcore se fazia assim:
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# Ouvi dia desses que a Vícios da Era, banda meio preguiçosa e, aparentemente, devotada ao anonimato, pode aparecer com seu terceiro disco ainda esse ano. Quem deixou escapar a notícia foi o vocalista/guitarrista Smooth, que rapidamente esclareceu que um novo álbum não implicará, necessariamente, em apresentações ao vivo. Praticamente inativo desde o lançamento de Antídoto, em dois mil e cinco, o grupo apareceu pouquíssimas vezes em cima de um palco. Smooth, que também é técnico de som e produtor musical, garantiu que a longa inatividade do trio deve ganhar um intervalo no segundo semestre, quando, possivelmente, dará seqüência à curta discografia do grupo que insiste num mesmo e saboroso pop de guitarras zeppelianas desde o finzinho dos anos oitenta.
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# O PMW Rock Festival, que ajudou a inserir a capital do Tocantis no itinerário do rock independente nacional, ganha sua quarta edição no início de maio, e Goiânia Rock News vai viajar até Palmas para acompanhar de perto tudo o que acontecer durante as duas noites de folia, e reportar um resumo caprichado aqui nesta mesma tela que você ora lê.
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O line up do festival carrega, daqui de Goiânia, uma das melhores bandas novas da cidade, a Mugo, que já foi ouvida e inquirida pelo amigo aqui (em parceria com o Gregory Mark) na última edição do Interferência, quadro quinzenal gravado lá no estúdio Rock Lab e enviado para o programa 96ROCK, da 96 FM de Palmas.
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Além da Mugo, os quase-famosos do indie nacional Móveis Coloniais de Acaju e o já celebrizado Cachorro Grande vão fazer a viagem valer a pena. O resto? Só deixa de ser resto depois de provar em cima do palco. Confere aí:
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02.05 (sexta)
00:15 - Moveis Coloniais de Acaju (DF)
23:30 - Actemia (GO)
22:45 - Jolly Joker (PA)
22:00 - Criticos Loucos (TO)
21:15 - Boddah Diciro (TO)
20:30 - Branco ou Tinto (MT)
19:45 - Anorexia (TO)
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03.05 (sábado)
00:15 - Cachorro Grande (RS)
23:30 - Lafusa (DF)
22:45 - Pleiades (MG)
22:00 - Mestre Kuca (TO)
21:15 - Mugo (GO)
20:30 - Mata-burro (TO)
19:45 - Somos (SP)
19:00 - Val Hala (TO)
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# Escrevendo, mastigando um amendoim japonês e ouvindo rádio (!) aqui, e eis que se não quando os primeiros acordes de Heart of Stone, do MqN, ecoam pelo recinto. Tudo bem que o dial estava sintonizado na freqüência da rádio Venenosa, do RJ, que a despeito daquela típica locução retardada de efe-eme, diz que toca “Rock. Só rock!”. Não escuto rádio desde os anos oitenta (e mesmo naquela época só escutava por que ainda não havia descoberto do que gostava), mas nesses últimos dias, na preguiça de escolher um disco ou revirar o agá-dê atrás de trilha sonora para o trabalho, fui descobrir a rádio de hoje em dia.
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A Venenosa até que cumpre seu slogan e toca somente rock (para o bem e para o mal), mas arrisca muito pouco, apostando quase sempre nos clássicos - jurássicos ou recentes, e se furta o papel de descobrir e indicar. Por isso mesmo a surpresa ao esbarrar com uma música do MqN na programação, ainda que o grupo goiano não seja exatamente novidade desde o ano dois mil.
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Se a tevê não conseguiu matar o rádio, a internet aleijou de jeito.
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# A banda mineira Monno, dona de um ótimo EP de estréia, entregou ao mercado – virtual e real – seu novo registro, o EP com seis músicas intitulado Agora. Todas as faixas do disco estão disponíveis na página do grupo no Trama Virtual, dentro daquele projeto de download remunerado (o internauta baixa gratuitamente, mas a banda recebe alguns trocados). Comecei hoje a ouvir a bolacha, e a primeira impressão é de que são belas canções.
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Vou me embora. Mas volto logo
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Tchau.