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quinta-feira, dezembro 31, 2009

deus é Foda

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Quebrando o monopólio dos jornalistas na pesquisa, o Elson Barbosa (tão lacônico quanto preciso), delibera rapidamente sobre os sons mais preciosos do ano que acaba hoje.




Um disco: OM - God Is Good
Stoner tântrico FUMADO, lisergia no limite, Steve Albini produzindo. God Is Good é o disco, porque deus é foda.

Menções honrosas: Jarvis Cocker - Further Complications, Mono - Hymn To The Immortal Wind, Crippled Black Phoenix - 200 Tons Of Bad Luck.


Uma música: Vic Chesnutt - "Coward"
"Eu sou um covarde, berra um Chesnutt desesperado no refrão. Com o A Silver MT Zion por trás a TENSÃO chega ao limite.

Menções honrosas: Kylesa - "Scapegoat", Shrinebuilder - "Pyramid of the Moon", Lou Barlow - "Sharing"


Um show: Radiohead na Chácara do Jockey
Estava tudo ali - som perfeito, iluminação hipnótica, hits às pencas. Até o meia-bomba In Rainbows melhorou ao vivo. Lindaço.

Menções honrosas: Sonic Youth no Planeta Terra, Franz Ferdinand na The Week, Prodigy na Via Funchal



Elson Barbosa é guitarrista/baixista do Herod Layne.












quarta-feira, dezembro 30, 2009

Eu Não Sou Um Bom Lugar

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Direto de Brasília -a capital dos panetones, Fernando Rosa (o próprio Senhor F) atende ao convite do goiânia rock news e diz o que valeu a pena, na música, no ano que se despede:




Disco do ano:
Graveola e o Lixo Polifônico - Graveola e o Lixo Polifônico

O disco chegou pelos Correios, como tantos outros. O nome chamou a atenção, mas podia ser mais uma daqueles "enganos". Mas, logo na primeira audição, ficou claro que se tratava de "coisa séria". Há bastante tempo não ouvíamos algo tão resolvido nessa seara tão dificil, o samba e afins. Trata-se do primeiro disco-cheio e homônimo do grupo, mas já com jeitão de gente grande. No som, ecos do Clube da Esquina, de João Bosco, alguma coisa de Chico Buarque, leve pitadas de Marcelo Camelo, mas tudo com cara própria. Natural de Belo Horizonte, Graveola e o Lixo Polifônico é uma das mais gratas surpresas da nova cena musical local e nacional. A banda tem um rico repertório, instrumental sólido e criativo e um ótimo show. Em meados do ano, falamos que o disco era um dos fortes candidatos para listas de melhores do ano, o que confirmamos aqui.


Músicas do ano:

1 - "Eu Não Sou Um Bom Lugar'" - Hotel Avenida
2 - "1,2,3" - Tiro Willians
3 - "Quando O Tesão Bater" - Sapatos Bicolores



Top 5 da década:

01.Los Hermanos - O Bloco do Eu Sozinho (Abril Music/2001)
02.Mopho – Mopho (Baratos Afins/2000)
03.Superguidis - Superguidis (Senhor F Discos/2006)
04.Pelebrói Não Sei – Positivamente Mórbido (Barulho Records/2000)
05.Macaco Bong - Artista Igual Pedreiro (Monstro Discos/Fora do Eixo/Trama Virtual/2008)



Fernando Rosa é jornalista, editor do site (e selo) Senhor F.




E Eu Que Não Queria

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Seguindo com a pesquisa, quem define agora, lá de Recife, os melhores disco/música/show de 2009, é o Gabriel Cardoso. Siga a linha:




Esse foi um ano repleto de novidades. Ano em que pude circular mais pelo país e conhecer outras realidades, ver outros festivais e constatar nossa diversidade brasileira assistindo a bandas como o Caldo de Piaba do Acre, o Mini Box Lunar do Amapá e o Rinoceronte lá de Santa Maria, Rio Grande do Sul.

Curiosamente nesse ano resgatei e me aprofundei mais nos clássicos dos anos 70, que hoje já não consigo deixar de ouvir, como Led Zeppelin, Mahavishnu Orchestra e Grand Funk Railroad que até então nem eram tão presentes nas minhas playlists.

Tarefa não muito grata essa de selecionar um entre tantos, mas eu vou de Fora do Eixo. A Rinoceronte é uma das bandas da Agência Fora do Eixo, lá de Santa Maria, e indico seu EP acompanhado de um tchotcho e uma cerveja gelada. Por que mesmo com todas as referências setentistas, o Rinoceronte mostra personalidade com suas boas letras em português em uma excelente gravação, correndo (muito) na frente do famigerado "rock gaúcho". Daqueles EPs que rolam no repeat por umas três vezes sem você notar. Altamente recomendado!

( Baixe o EP do Rinoceronte clicando aqui. )

"E Eu Que Não Queria" sendo a destaque do disco, e a música de 2009 mais tocada por aqui.


Outra grande experiência é a apresentação ao vivo do Burro Morto, banda de João Pessoa - PB, e que aqui leva meu voto de melhor show do ano. Instrumental altamente qualificado, com referências jazzísticas, regionais, afrobeats e outras lombragens. Lançaram o EP Varadouro no final do ano passado e lançarão o full lenght agora no carnaval com o nome de Baptista virou máquina. Já passaram por Goiânia, no Festival Perro Loco desse mesmo ano, e quem presenciou com certeza deve ter visto uma das grandes promessas para 2010. Eles acabaram de fazer uma turnê pelo Nordeste com o Macaco Bong e o Porcas Borboletas, outras duas grandes apresentações que vi este ano.


Pros melhores da década vou recordando dos que mais coloquei pra tocar durante esses quase dez anos:

Youthmovies Soundtrack Strategies - Hurrah...
Portugal. The Man - Church Mouth
Macaco Bong - Artista Igual Pedreiro
Black Mountain - In the Future
Burro Morto - Varadouro



Gabriel Cardoso é do núcleo de planejamento do Lumo.











terça-feira, dezembro 29, 2009

Repertório Pop Global

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Quem dá o pitaco do dia, sobre o que de melhor rolou na música em 2009, é o Bruno Nogueira, que enviou suas preferências direto do ensolarado litoral nordestino.




Melhor Disco | Otto – Certa Manhã Acordei de Sonhos Intranquilos

Acho que Otto salvou o ano com esse disco. Ele é um artista subestimado por causa do jeito ingênuo e as vezes bobo pelo qual ficou tão famoso. Mas esse disco mostra o tanto de sensibilidade e profundidade que ele tem como artista e retrata um pouco da melancolia dessa primeira década do milênio. Não é fácil cantar o tema mais recorrente de toda história da música pop, o amor. Se isso é reflexo da vida pessoal dele, não importa tanto. O que importa é que “Crua” é uma das músicas mais bonitas e sinceras que já ouvi e a versão para “Naquela Mesa” é de chorar.

Melhor música | Beyoncé – "All the Single Ladies"

Pode internacional? É difícil escolher uma música numa época onde a gente tem cada vez menos álbums e um monte de faixas soltas rodando por ai. Mas, para mim, Beyoncé conseguiu fazer um daqueles hit’s que daqui há 10 anos a gente ainda vai estar cantandando. "All the Single Ladies" já faz parte do repertório pop global, como Michael Jackson e o Nirvana conseguiam fazer com suas músicas. Aliás, não só acho que essa é A música do ano, como acho que não existem cinco suficiente para entrar nessa categoria.

Melhor show | Little Joy no Teatro da UFPE

Esse foi um daqueles shows que faz você falar “eu estava lá”, “eu fiz parte daquilo”. Passei a prévia dele inteira me perguntando se a comoção seria por causa de um integrante do Los Hermanos ou um do Strokes, mas quando chegou a hora, a comoção era por causa do próprio Little Joy. É legal ver uma banda nova surgir e chegar tão alto apenas pelas grandes canções que fizeram. A música se sustenta mais que as celebridades, a festa se sustenta mais que a apresentação no palco. Quando todo mundo subiu para cantar e dançar junto com eles, o momento virou histórico.



Bruno Nogueira é jornalista, editor do PopUp! e doutorando em Comunicação e Culturas Contemporâneas.














segunda-feira, dezembro 28, 2009

Qualidade e Correria

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Fugi da folga só pra subir a opinião do Mateus Potumati, na sequência da enquete de fim de ano interrompida pelas atividades protocolares de Natal e aniversário.




E no reveillon, o que é que vira?







Melhor disco:
Pra Quem Já Mordeu Um Cachorro Por Comida, Até Que Eu Cheguei Longe - E.m.i.c.i.d.a.


Em vez de falar do melhor disco do mundo em 2009 (que pra mim foi mesmo o magnífico Merryweather Post Pavillion, do Animal Collective), prefiro falar de um lançamento importante pro Brasil no ano que passou. A importância já começa pelo fato de que o próprio cara que assina a obra não a chama de disco, mas de mixtape. Pra Quem Já Mordeu Um Cachorro Por Comida, Até Que Eu Cheguei Longe, do rapper paulistano E.m.i.c.i.d.a., nasceu sem a pretensão de ser um disco. Era mais uma carta de intenções do moleque (22 anos quando lançou a mix) magrelo que mora no Tucuruvi, mas na verdade é do Cachoeira, ambos bairros no extremo Norte da cidade de São Paulo. Ele, até então um talento desconhecido das batalhas de MCs, achava que não tinha “o direito” de colocar um disco nas ruas para as pessoas comprarem pelo preço de mercado. Fez um disco em CD-R, com capa de papel de pão e impressão feita com alguma coisa muito parecida com um mimeógrafo. Gravou 25 faixas do jeito que deu e botou a parada na rua no mês de julho. A DOIS REAIS.

O que veio depois disso foi um fenômeno raro – pra não dizer único – na música brasileira: em duas semanas, 3 mil discos vendidos, praticamente de mão em mão (o próprio rapper chegou inclusive a tirar o disco de algumas lojas que burlaram o acordo e o vendiam a 10, 20 reais). Não sei mais onde parou a conta, mas mesmo que o disco tenha sido um fracasso de vendas depois disso deve ter passado fácil dos 15 mil em seis meses. Pra se ter uma ideia, as gravadoras brasileiras, com uma estrutura infinitamente maior em todos os sentidos, comem o pão que o diabo amassou pra tentar passar a linha de 50 mil cópias vendidas e ganhar um disco de ouro. Depois disso, o E.m.i.c.i.d.a. rodou o Brasil inteiro fazendo shows, apareceu em toda a imprensa, concorreu ao VMB. Não ganhou, mas isso não tem importância nenhuma: o clipe de “Triunfo” já soma mais de 200 mil views no YouTube e o Twitter do rapper já se aproxima de 6 mil seguidores.

Por que isso aconteceu? Basicamente, duas coisas: qualidade e correria. O E.m.i.c.i.d.a. é o cara mais punk do Brasil hoje, mesmo sem segurar uma guitarra e tocar três acordes – aliás, quem acha que ser punk é isso precisa voltar pra escola ou esquecer desse lance de música de uma vez. Não chegou até aqui sozinho, e não só sabe disso, como faz da coletividade seu lema (“A rua é nóiz”, estampado em versos, sites, camisetas etc., com direito até a ilustração ensinando a fazer um N com as mãos). Seu Na Humilde Crew, basicamente um bando de amigos que andam com ele de cima pra baixo, se divide nas tarefas de administrar vendas de discos, camisetas, turnês e afins. Mas nada disso adiantaria se a música do cara não batesse. E bate, como bate. O E.m.i.c.i.d.a. tem coisa pra falar, e fala com uma galera da idade dele, com valores musicais abertos, arejados, longe da mentalidade tacanha que diz que só se pode gostar de rap, ou de rock, ou de metal, de punk, de eletrônica, de samba.

Pra Quem Já Mordeu... é rap até o talo, óbvio, mas tem uma musicalidade que transcende os clichês do gênero. Não é um disco gangsta, não é indie hip hop, não é rap-com-samba pra tocar na MTV. É música pura, aberta a quem estiver disposto a ouvir.

Melhor Música:
"Summertime Clothes” - Animal Collective.

O mundo inteiro votou em “My Girls”, que provavelmente é mesmo a música mais importante do ano, mas essa é a minha faixa favorita de Merryweather Post Pavillion. A entrada parece uma lavadora de roupas e o refrão parece algo que o Flaming Lips ou os Beach Boys fariam, só que com ácido sulfúrico despejado por cima. A letra parece, de começo, só um cara tentando se refrescar numa noite muito quente, mas logo mostra que o barato mesmo é sair pra dar um rolê com uma pessoa especial. “And I want to walk around, around with you/ Just you, just you, just you, just you” dá arrepios toda vez que eu escuto.

Melhor show:
Dirty Projectors em Goiânia.

Tudo bem, o Radiohead foi ducaralho. Não faço parte do coro de contrários que insistem em negar que o grupo inglês é uma das bandas de rock mais importantes da história, que gravaram discos fundamentais em duas décadas seguidas e blá, blá, blá. Mas a experiência musical do ano pra mim foi ver os Dirty Projectors em Goiânia. Eles estão no auge, gravaram um dos melhores discos da década este ano, têm a coragem de levar adiante uma proposta musical que no papel tem tudo pra ser insuportavelmente chata e empolada, mas que no disco e ao vivo é simplesmente arrebatadora. Sem canhões de luzes, sem dezenas de caminhões com equipamento, num palco pequeno para umas 100 pessoas, se muito.

Difícil de acreditar que tanta gente ignorou os três shows da banda no Brasil.



Mateus Potumati é editor da revista +SOMA e editor de conteúdo do Kultur Studio.













quinta-feira, dezembro 24, 2009

Então é Natal...

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Não sei você, mas eu gosto do Natal. Ou pelo menos das orgias de comida e bebida que o acompanham. Mas antes de seguir para a ceia e devorar aves gordas deliciosamente transgênicas (entre goles fartos de vinho e Coca Cola), passei aqui pra deixar registradas as preferências de mais um convidado. Marcelo Costa é o jornalista que organizou a lista de Melhores da Década do Scream & Yell, votação que reuniu quase 70 nomes, entre críticos, músicos e escritores, cujas listas (inclusive as minhas) você pode conferir no link lá embaixo, depois do texto:




Mais uma vez, o Brasil deu um banho nos gringos no quesito grandes discos. A safra foi tão boa que fica difícil escolher apenas um. Pullovers, Cidadão Instigado, Otto, Lucas Santtana, Bruno Morais e Banda Gentileza poderiam ocupar esse lugar, e fariam bonito, muito bonito. No entanto, o melhor disco do ano na verdade são dois: “Cala a Boca Já Morreu” e “Saiba Ficar Quieto”, as duas sessões, os dois álbuns que formam o pacote “No Chão, Sem o Chão”, de Rômulo Fróes.

Em seu terceiro álbum, Rômulo Fróes abraça o rock sem largar a mão do samba. O resultado são dois discos arrebatadores que destacam as parcerias com os artistas Clima e Nuno Ramos e as participações de Curumin, Tatá Aeroplano, Lanny Gordin, Mariana Aydar, Lulina e Nina Becker (no sambinha chicobuarquiano “Ninguém Liga” e na atmosférica “Astronauta”, com André Mehmari ao piano). O disco é tão bom que não é só o melhor do ano, mas sim um dos meus dez preferidos da década.

Quanto ao show, no ano que o Radiohead veio ao Brasil e fez uma apresentação memorável em dos piores lugares de São Paulo, o meu melhor momento frente a um artista aconteceu em Roma, na Itália. Bruce Springsteen não arredou o pé do palco durante 2h59 minutos. Rolou “Hungry Heart”, “Born To Run”, “Dancing In The Dark” e, mamma mia, “Thunder Road”. Nunca vou esquecer dele ajoelhado aos pés do microfone, totalmente ensopado, dizendo: “Não dá mais, Roma”. Deu mais uma: “Twist and Shout”. Foda.

Já a música deste ano é uma radiografia de uma geração que sonhou em “ser forte, corajoso, bom de bola, um dos bonitos da escola, mesmo que não fizesse questão”. Luiz Venâncio, do Pullovers, não só fez uma das grandes músicas dos últimos tempos: “Tudo Que Eu Sempre Sonhei” é um hino de uma geração perdida que, enfim, percebeu: “que é tão bom estar aqui, e muito ainda está por vir”. É uma daquelas letras que deviam ser decoradas por muita gente, e que foi coroada por um belíssimo arranjo do Pullovers. Para ouvir e continuar sonhando.


Melhores da década:

Nacional
1. Los Hermanos - Bloco do Eu Sozinho
2. Wado - A Farsa do Samba Nublado
3. Terminal Guadalupe - A Marcha dos Invisíveis
4. Mundo Livre S/A - Por Pouco
5. Rômulo Froes - No Chão, Sem o Chão
6. Pato Fu - Toda Cura Para Todo Mal
7. Walverdes - Antincontrole
8 . Cidadão Instigado - Uhuuu
9. Violins - Tribunal Surdo
10. Bidê ou Balde - Outubro ou Nada

Internacional
1. Wilco - Yankee Hotel Foxtrot
2. Radiohead - Kid A
3. Queens of The Stone Age - Songs For The Deaf
4. Franz Ferdinand - You Could Have It So Much
5. Arcade Fire - Funeral
6. The Flaming Lips - Yoshimi Battles The Pink Robots
7. Paul McCartney, - Chaos and Creation In The Backyard
8. Morphine - The Night
9. Johnny Cash - American IV: The Man Comes Around
10. Roddy Woomble - My Secret is My Silence


Marcelo Costa é editor do Scream & Yell, editor de homes do iG, iBest e BrTurbo, DJ eventual e cozinheiro de fim de semana.






(Melhores da década Scream & Yell)


quarta-feira, dezembro 23, 2009

Micro e Mega

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Dono do terceiro ponto de vista na investigação do goiânia rock news sobre os melhores do ano que acaba, no quesito música, o jornalista e produtor Cultural Pablo Kossa mistura, com naturalidade, neófitos com veteranos, e resume o ano num diálogo de igual pra igual entre micro e mega:





Melhor disco - Gostei e ouvi bastante o A Passeio do Porcas Borboletas. Os caras conseguiram dar um passo a frente na ideia de refundir a vanguarda paulista, com um texto de acidez poética que os coloca em patamar diferenciado na música contemporânea brasileira. Poderia aqui ainda destar os discos do Wado, Cidadão Instigado, Caetano Veloso... Mas acho o do Porcas mais significativo. Dos internacionais, me impressionou o vigor do Live in London do Leonard Cohen. Lindo e singelo, além de expressivo.


Melhor música - Destaco pelo poder do texto "A Base de Guantánamo", do Zii e Zie do Caetano Veloso. A situação do presídio que estupra os direitos humanos fora do território americano é de um absurdo tão atroz que Caetano conseguiu traduzir aquilo que também sinto em relação ao fato.


Melhor show - Por conta das atividades do mestrado, acabei viajando para poucos festivais em 2009 e assisti mais a shows aqui em Goiânia mesmo. Para dar o título, destaco o Malditas Ovelhas no [festival] Release Alternativo. Mesmo com o teatro esvaziado, os caras mandaram um som impressionante de bom e não desanimaram por tocar para pouca gente. Isso definitivamente diferencia uma banda. Mas também gostei do Umbando e do Johnny Suxxx no [festival] Vaca Amarela, Diego de Moraes e o Sindicato no Bananada, Detetives no dia do Noise no Bolshoi, Racionais no Goiânia Arena e os gringos Kiss no Rio de Janeiro e AC/DC em São Paulo.



Pablo Kossa é articulista do Diário da Manhã
e membro da cúpula da Fósforo Cultural.





terça-feira, dezembro 22, 2009

Pensando Sobre A Vida

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Prosseguindo com os cálculos de fim de ano sobre o melhor da música lançado em 2009, a pedido do goiânia rock news a jornalista (ex-editora do DMRevista - caderno cultural do Diário da Manhã) Mariana Tramontina desfila suas preferências dos últimos 12 meses, e lista os maiores álbuns da década segundo seu ângulo de audição:




A cada ano fica mais complicado escolher um disco que se destaque por completo. Singles muito bons são lançados, mas as bandas dificilmente conseguem repetir a mesma boa fórmula em álbuns. E o Think About Life é um dos nomes que, este ano, fechou um disco redondo. O segundo CD destes canadenses de Montreal, Family, é deliciosamente frenético, cheio de groove, melodias pop e criativo, embora não seja exatamente original (há ecos de TV On the Radio, LCD Soundsystem ou Go! Team em extensão). Em cima das bases de sintetizadores, Family é uma festa electro-funk com guitarras de indie rock e batidas club. Destaque para "Sofa-Bed", "The Veldt" (construída em cima da letra de "My Girl", do Temptations) e "Set You On Fire".

A estreia do Passion Pit, Manners, também merece citação, ao lado do disco country de Elvis Costello, Secret, Profane and Sugarcane; o Arctic Monkeys com o barulhento stoner em Humbug e o folk experimental do Grizzly Bear em Veckatimest. Em território nacional o destaque vai para os curitibanos da Banda Gentileza, que lançaram o disco de estreia homônimo, além de Frascos, Comprimidos, Compressas dos baianos do Ronei Jorge e Os Ladrões de Bicicleta e Cristalina do Lulina.


Paradoxalmente, escolher a música do ano é ainda mais difícil do que escolher o disco, mas pelo motivo contrário: há muitos bons singles circulando por aí, como "Sofa-Bed" do próprio Think About Life, "Moths Wings" do Passion Pit e a sombria "Fire And The Thud" do Arctic Monkeys. Há "Basic Space" do The xx, "My Night With The Prostitute From Marseille" do Beirut (que, apesar de não ser desse ano, foi lançada no duplo March Of The Zapotec), "Blood Bank" do Bon Iver, "Unfinished Business" do White Lies, "Young Adult Friction" do Pains Of Being Pure At Heart, "Let's Go Surfing" do The Drums, "Chaka Demus" do Jamie T, "I'm A Pilot" do Fanfarlo... bom, posso ficar devendo a música do ano? :-)


O melhor show fica com a banda mais esperada no Brasil nos últimos anos: Radiohead (em SP). Show grandioso, impecável e repertório carregado por músicas de toda a carreira. Outros que valem citar foram a bonita apresentação de Damien Rice também em São Paulo, a estreia do Faith No More no Brasil em Porto Alegre e o show fervoroso do Franz Ferdinand em uma boate paulista. Roberto Carlos no Ibirapuera merece lembrança, na comemoração dos 50 anos de carreira.


E meus cinco discos preferidos da década?

Strokes - Is This It
Arcade Fire - Funeral
Death Cab For Cutie - Transatlanticism
The National - Alligator
Los Hermanos - Bloco do Eu Sozinho



Mariana Tramontina é repórter do Uol Música.





segunda-feira, dezembro 21, 2009

Ihh, começou...

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Inaugurando a semana de Natal com a já habitual enquete de fim de ano do goiânia rock news (que indaga gente envolvida com música, por paixão e/ou profissão, sobre quais foram, em suas respectivas opiniões, o melhor disco, o melhor show e a música mais legal do ano que acaba – além de um top 5 dos álbuns mais importantes da década), o jornalista Leonardo Dias Pereira é o primeiro da fila de ilustres convidados a dar seu pitaco definitivo sobre a paisagem pop de 2009:




Apesar dos pesares, não tem como deixar de eleger o Uhuuu! do Cidadão Instigado como o melhor álbum nacional de 2009. O modo como a banda consegue costurar diversos estilos e timbres em suas músicas é algo que beira o genial. Muitos apontaram o anterior como um dos melhores da década, mas foi neste disco que a trupe de Catatau conseguiu atingir aquilo que se convenciona chamar de sonoridade pop.

Nos internacionais, vou deixar o coração falar mais alto e votar no Them Crooked Vultures. Parece Queens of the Stone Age? Parece. Lembra Led Zeppelin em alguns momentos? Lembra. Mas, vem cá, sério que vocês esperavam algo diferente? Tem que ser muito tapado pra não detectar momentos geniais como em “Mind Eraser, No Chaser” e “Dead End Friends”. O que dizer de “Elephants”, então? A música termina e a sensação é de que uma manada de elefante te atropelou.

“Lights Off” do Boss in Drama, projeto do geniozinho Péricles Martins, foi uma das músicas que mais tocou no meu player. Dance music sacana, pra se esfregar na sua garota tomando uma taça de champanhe, vinho, ou goró que melhor lhe apetecer.

Nas gringas, “Hurtin’ You” do Ben Kweller é uma das que mais ouvi. Baladinha country com tudo o que esse gênero melhor oferece: letra dilacerante, steel guitar chorando no fundo e backing vocals feminino.

O melhor show poderia ficar com o Radiohead caso Mr. Patton e seu Faith No More não viesse para nos chocar. A apresentação dos ingleses foi irretocável, mas Mike Patton é deus.

Porra, caralho!


Top 5 da década

Internacional
Yankee Hotel Foxtrot – Wilco
Discovery – Daft Punk
Songs for the Deaf – Queens of the Stone Age
Raising Sand – Robert Plant & Alisson Krauss
Is This It? – The Strokes

Nacional
O Bloco do Eu Sozinho – Los Hermanos
Nada Como Um Dia Após o Outro Dia – Racionais MC’s
As Próximas Horas Serão Muito Boas – Cachorro Grande
Rubinho Jacobina e a Força Bruta – Rubinho Jacobina
Uhuuu! – Cidadão Instigado



Leonardo Dias Pereira é editor de conteúdo do
Urbanaque e colaborador da Rolling Stone Brasil.





sexta-feira, dezembro 18, 2009

quinta-feira, dezembro 17, 2009

My Favourite Remix

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O DJ e produtor Kurc (The Name, Holger...), desconstruiu o hit do verão dos independentes, “My Favourite Way” do Black Drawing Chalks, e o resumiu numa espécie saltitante de breakbeat, embutindo no desmonte a pronúncia entorpecente adequada à música eletrônica.




Eu, que já não enxergava tanta beleza assim na versão original, soube desgostar também de sua variante modernizada (e descaracterizada) com timbres e intenções eletrônicas. Mas quem sabe você, que é mais esperto do que eu, afine seus ouvidos com a maioria (do Twitter, pelo menos) e ache a recriação “genial” também.


De todo modo, um download tira-dúvidas não custa nada. Baixe a peça para o vosso agá-dê, aprecie com moderação, e tire suas próprias conclusões:

"My Favourite Way" (DJ Kurk Remix) – MP3 Download (7,07 MB)




quarta-feira, dezembro 16, 2009

The Bravery

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Noise na NOIZE

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Acaba de sair a edição de dezembro da revista NOIZE, com destaque para Black Drawing Chalks, N.A.S.A. e E.M.I.C.I.D.A., textinho do Gerbase sobre o Never Mind the Bollocks, Fabrício Nobre falando rapidamente sobre as turnês do MqN, e até uma versão miniaturizada daquele meu texto sobre o Goiânia Noise, separado de suas divagações para caber na folha do magazine.


Clique na imagem, para ampliar.


A NOIZE é uma publicação gratuita sobre música, moda, design e comportamento. A revista, que está em sua trigésima edição, é distribuída gratuitamente em SP, RJ, SC, PR e RS desde 2007.


Revista NOIZE nº 30 - Download PDF (19,3 MB)




A versão online, na íntegra, pode ser conferida no site do periódico, que também disponibiliza o arquivo de todas as edições passadas, com o opcional de download em PDF.







Té.





terça-feira, dezembro 15, 2009

If you have a Porsche...

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...size does not matter.
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Cerveja headbanger

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Expandindo seus negócios para além da música, o Sepultura lança em breve sua própria marca de cerveja (de puro malte de trigo), com aroma frutado de cravo e maçã, e teor alcoólico de 4,4%.


Paulo Xisto - Embaixador da cerveja Guiness no Brasil


Agora, se eu ver um metaleiro dizendo, com certo orgulho de cervejeiro experiente, que a breja do Sepultura é boa por que tem aroma frutado de maçã e canela, prometo tentar não rir (muito alto).




Como a promessa é que a Sepulweiss chegue ao mercado a tempo de virar assunto nas festas de fim de ano, acho até que vou desenterrar meu vinil do Arise (Rock in Rio Limited Edition) para acompanhar uma degustação natalina.


Tá servido?




segunda-feira, dezembro 14, 2009

O som da saudade

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Todo mundo sabe que um pé-na-bunda pode ser transformador, e que (para quem tem talento pra isso) o melhor exorcismo é a conversão de dor em música (ou literatura, ou cinema...), mas a história ganha contornos de novidade quando quem se utiliza do clichê é o ex-Mundo Livre (e agora ex-marido) Otto, justamente por que talento sempre foi um substantivo duvidoso para falar de sua carreira solo.




Porém, desmascarado como Rob Flemming diante de Charlie Nicholson, em 2008 Otto se viu despido de seu bem maior (sua então estonteante esposa, a eterna “Engraçadinha” Alessandra Negrini) e, despedaçado pela própria desgraça afetiva, aparentemente concentrou cada gota de desespero na música, regando seu deserto interior com um refinamento surpreendente, tão habilmente doloroso quanto manifestamente genuíno: do fim de seu casamento com a atriz global, Otto pariu a fórceps Certo Dia Acordei de Sonhos Intranquilos, o quarto e, de longe, melhor disco de sua carreira.


Trazido à pauta brasileira depois que o New York Times e o Boston Globe destacaram suas qualidades, hoje Certo Dia Acordei... circula pela crítica nacional com status de um dos melhores discos do ano.


A faixa de abertura, “Crua”, invoca certa cafonice melancólica, emoldurada sobriamente por arranjos de corda e um lamento seco: “Mas naquela noite que eu chamei você fodia de noite e de dia.”.

Já em “O leite”, Otto se acompanha da melhor cantora brasileira dos últimos tempos, a Céu, para cravar, com ares de profecia: “Quando eu perdi você, ganhei a aposta” (e foi precisamente essa passagem que me fez lembrar o romance mais famoso do Nick Hornby, quando Rob Flemming confessa que durante seus dois anos de namoro com Charlie Nicholson sentia que a qualquer momento seria desmascarado).

Na sequência do repertório, Otto se reaproxima de seus contemporâneos, e o groove balançado de “Janaína” chega a lembrar o suingue manhoso do Eddie, o primo pobre (e negligenciado) do manguebeat.

Mas a azeitona do Martini, que faz uma conexão improvável entre a lírica popular de Reginaldo Rossi e aquela crueza desesperada de Paul Mc Cartney em “Oh! Darling”, ganha forma na purgativa “6 minutos”, em que esbanjando tensão e resgatando timbres old school Otto cria imagens tão nítidas quanto reveladoras: “E você me falou de uma casa pequena, com uma varanda, chamando as crianças pra jantar... isso é pra morrer!”




Com uma banda que acumula estrelas da categoria do guitarrista Fernando Catatau (Cidadão Instigado), e a cozinha da Nação Zumbi (Dengue e Pupillo, baixo e bateria), Certo Dia Acordei... ainda traz as parcerias da cantora mexicana, vencedora do Grammy Latino por seu Mtv Unpluggled, Julieta Venegas (“Lágrimas Negras” e “Filha”) e Lirinha, do Cordel do Fogo Encantado (“Meu Mundo”, a única faixa dispensável da track list).

Otto ainda capitaliza o mérito de desenterrar “Naquela Mesa”, hino perdido de autoria de Sérgio Bittercourt (filho de Jacob do Bandolim) e cristalizado na voz de Nelson Gonçalves.


E é por essas (e outras) que Certo Dia Acordei de Sonhos Intranquilos deve passar à posteridade como a redenção gloriosa de um artista (pelo menos até então) tão irregular quanto errático. E se o mundo fosse um lugar justo, em respeito ao superlativo poderosamente dramático de Certo Dia Acordei..., os três primeiros álbuns que o antecedem na discografia do músico pernambucano seriam simplesmente apagados da História.


Mas como o mundo nunca foi amigo da justiça, acho que até o Otto concordaria que esse foi um ótimo recomeço.





sexta-feira, dezembro 11, 2009

Yes, weekend!

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Té segunda.



Eu emo Goiânia!

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Parte 1



Parte 2

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Os melhor foi o "Eu emo Goiânia, eu emo o Brasil!", mas também chapei na empolgação da crew do Ivo Mamona no palco, na ode de rimas pobres à croisinha do rapper mais youtubado da capital do rock.



quinta-feira, dezembro 10, 2009

Don't!

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Ok, Paris. Eu prometo.



É velha, mas serve pra hoje. ;)



Os 40 melhores discos dos anos 00

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Resultado geral da votação do Scream & Yell


Entre os 40 finalistas, cinco discos do ano 2000, três de 2001, oito de 2002 (o ano mais fértil, segundo a lista), quatro de 2003, cinco de 2004, sete de 2005, três de 2006, três de 2007 e apenas um de 2008 e um de 2009 (sendo que nenhum disco internacional destes dois últimos anos entrou no Top 40).

Marcelo Costa - Editor do SY




Internacional

01) Is This It - The Strokes (2001)
02) Yankee Hotel Foxtrot - Wilco (2002)
03) Funeral - Arcade Fire (2004)
04) Songs For The Deaf - Queens of The Stone Age (2002)
05) In Rainbows - Radiohead (2007)
06) Sound of Silver - LCD Soundsystem (2007)
07) Kid A - Radiohead (2000)
08) Franz Ferdinand - Franz Ferdinand (2004)
09) Yoshimi Battles The Pink Robots - The FLaming Lips (2002)
10) White Blood Cells - White Stripes (2001)
11) Back to Black - Amy Winehouse (2006)
12) Elephant - White Stripes (2003)
13) XTRMNTR - Primal Scream (2000)
14) Modern Times - Bob Dylan (2006)
15) LCD Soundsystem - LCD Soundsystem (2005)
16) Hot Fuss - The Killers (2004)
17) Turn on the Bright Lights - Interpol (2002)
18) Stories from the City - Stories from the Sea, Pj Harvey (2000)
19) Chaos and Creation in the Backyard - Paul McCartney (2005)
20) American IV: The Man Comes Around - Johnny Cash (2002)





Nacional

01) Bloco do Eu Sozinho - Los Hermanos (2001)
02) Ventura - Los Hermanos (2003)
03) O Método Túfo de Experiências - Cidadão Instigado (2005)
04) Nadadenovo - Mombojó (2004)
05) - Caetano Veloso (2006)
06) Nação Zumbi - Nação Zumbi (2002)
07) Nada Como Um Dia Após o Outro Dia - Racionais MC’s (2002)
08) Cansei de Ser Sexy - Cansei de Ser Sexy (2005)
09) Japan Pop Show - Curumin (2008)
10) Grandes Infiéis - Violins (2005)
11) Cosmotron - Skank (2003)
12) Vanguart - Vanguart (2007)
13) Toda Cura Para Todo Mal - Pato Fu (2005)
14) Por Pouco - Mundo Livre S/A (2000)
15) A Farsa do Samba Nublado - Wado (2004)
16) Uhuuu - Cidadão Instigado (2009)
17) Melodias de Uma Estrela Falsa - Astromato (2000)
18) Futura - Nação Zumbi (2005)
19) Outubro ou Nada - Bidê ou Balde (2002)
20) À Procura da Batida Perfeita - Marcelo D2 (2003)

quarta-feira, dezembro 09, 2009

Alta Fidelidade

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O Scream & Yell divulgou os resultados de sua enquete anual, que tradicionalmente convida gente envolvida com a nova música brasileira (e mundial) para listar suas preferências, numa espécie de balanço da discografia lançada no ano que acaba. Porém, em 2009 a votação foi além do habitual e formou um top 10 dos artistas mais influentes não só do último ano, mas da última década, o que esculpiu uma escala de relevância, polêmicas à parte, para o pop desse começo de milênio.




O goiânia rock news só conseguiu responder ao gentil convite do editor do site, o Marcelo Costa, aos 45 do segundo tempo, por causa das sérias dúvidas que um resumo de dez vagas para uma década de tantos discos cria. Mas os resultados das listas, tanto da final (elaborada segundo uma equação que leva em conta as respostas de todos os jornalistas, músicos e escritores convidados para a votação), quanto da minha contribuição para o certame, estão aí embaixo.


Depois de discordar, dá um pulo lá no Scream Yell e confira as listas pessoais de cada um dos votantes.





Hígor Coutinho (goiânia rock news)

Nacional

01. Toda Cura para Todo Mal – Pato Fu
02. Ventura – Los Hermanos
03. Artista Igual Pedreiro – Macaco Bong
04. Vagarosa – Céu
05. Tribunal Surdo - Violins
06. Cosmotron – Skank
07. Pata de Elefante – Pata de Elefante
08. Flames in the Head – Wry
09. Anotherspot – Pelvs
10. Dwitza – Ed Motta




Internacional

01. Diorama – Silverchair
02. For Emma, Forever Ago – Bon Iver
03. Takk – Sigur Rós
04. The Eraser – Thom Yorke
05. A Crow Left of the Murder - Incubus
06. Dear Science – TV On The Radio
07. St Anger - Metallica
08. Dear Catastrophe Waitress – Belle and Sebastian
09. Think Tank - Blur
10. XTRMNTR – Primal Scream



Resultado da votação geral de todos os convidados:

Nacional
1. Los Hermanos – 492,5
2. Cidadão Instigado – 141 pontos
3. Nação Zumbi – 127 pontos
4. Mombojó – 119,5
5. Caetano Veloso – 96 pontos
6. Violins – 82 pontos
7. Wado – 71,5 pontos
8. Pato Fu – 69,5 pontos
9. Racionais MC’s – 63,5 pontos
10. Cansei de Ser Sexy – 59 pontos

Internacional
1. The Strokes – 259 pontos
2. Radiohead – 238 pontos
3. Wilco – 220 pontos
4. Arcade Fire – 165 pontos
5. Queens of The Stone Age – 150 pontos
6. LCD Soundsystem – 131 pontos
7. White Stripes – 123,5 pontos
8. Franz Ferdinand – 101,5 pontos
9. Flaming Lips – 67,5 pontos
10. Amy Winehouse – 62 pontos




E aí, morreu de raiva?



Então me diz, e a sua lista, qual é?




terça-feira, dezembro 08, 2009

Lay-off

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Clique na imagem para ampliar.



Dr. Greg is playing at my House...
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...my House.



E o 11º episódio da sexta temporada?

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Reggaetown sex education

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segunda-feira, dezembro 07, 2009

DNA


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"15 de Dezembro"

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O Goiânia Noise, como você bem sabe, costumeiramente extrapola sua programação e serve a muitos outros propósitos auxiliares que, expostos numa vitrine tão cosmopolita, repercutem mesmo depois do festival.




Nessa última edição, que celebrou o fantástico Dirty Projectors, um discreto lançamento percorreu mãos de jornalistas, produtores, bandas e transeuntes mais atentos.

CODE (ou Conselho Deliberativo) é o projeto de dois integrantes de duas das melhores bandas de Goiânia, e 100 cópias de seu primeiro single, "15 de Dezembro", foram distribuídas durante o festival em card-musics tão charmosos quanto os envelopes que os continham.





Apesar do segredo inicial, a identidade da dupla já é de conhecimento geral: trata-se de Gregory Carvalho (Olhodepeixe) e do Gustavo Vasquez (MqN), e a canção resultante da parceria desenha um panorama lírico equilibrado sobre guitarras em constante tensão tremulina e eviscerado pela fragilidade arriscada da vida real. É só mais uma canção de amor, porém insensível ao romantismo.



"15 de Dezembro", CODE - MP3 Download (9.6 MB)
(Clique com o botão direito do mouse e, em seguida, "Abrir em nova aba")


Composta, gravada e produzida em Goiânia, “15 de Dezembro” inaugura uma sociedade criadora entre dois dos compositores/músicos mais experimentados da cidade, que minaram sua sensibilidade e excesso criativo para uma das melhores novidades da música independente em 2009.



Baixou?