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sexta-feira, maio 28, 2010

O Futuro do Pretérito (IV)

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Nos últimos anos a terceira idade do rock goiano viveu momentos de intenso saudosismo, com as ressurreições (ainda que temporárias) de bandas que ajudaram a escrever a versão anos 90 do pop local.


Íkaro Stafford
Foto de divulgação


Primeiro foi o Mandatory Suicide, que interrompeu dez anos de um taciturno falecimento e voltou à vida somente para fechar a primeira noite do Bananada 2008, diante da aclamação comovida de um teatro lotado; no ano passado o resgate foi da Punch (que emigrou para os EUA ainda no fim dos anos 90 e lá se esfacelou, depois de uma equivocada guinada estética tipo-exportação), que lotou o mesmo teatro e cutucou as lembranças da turma que já passou dos 30; e por último, mas não menos importante, o recente retorno do Vícios da Era, que também encheu a cúpula de concreto do teatro Yguá para celebrar o melhor da memória em construção da música jovem made in Goiânia. É claro que essa nostalgia é só um acessório para as mostras da nova música em movimento, mas lança sementes que podem, ou não, germinar.


Já registrei, na lauda que escrevi aqui sobre o Bananada 2010, que a apresentação extemporânea do Vícios da Era deve render frutos, já que o próprio Smooth (guitarrista/vocalista que finalmente resolveu arriscar vocais menos adocicados), me garantiu que a repercussão antes, durante e depois do show encheu a banda de ânimo para uma volta descompromissada à atividade, o que é uma grande notícia.


"Lembranças do Paraíso" - Vícios da Era




E ontem no fim da tarde, em um papo rápido pelo MSN, o vocalista Íkaro Stafford revelou que em poucas semanas retorna em definitivo ao Brasil, e já (quase) anunciou um show da Punch para a edição 2010 da Tatto Rock Fest, que acontece no começo de julho.


"My Freedom" - Punch



Desse modo, caso se concretizem os dois retornos, o Bananada e o Goiânia Noise ganham mais um laurel (e dessa vez o prêmio é muito mais que um simples troféu para exibir nas reuniões da Abrafin e constar nos releases de imprensa), conferido aos maiores festivais da cidade por assumirem a nobre função de janela para o passado, facultando passagens para a realidade presente e, quem sabe, até para um futuro promissor.















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